terça-feira, 20 de outubro de 2009

Qual universidade nós queremos?

UNE debate em Brasília a necessidade de transformação da universidade brasileira e os pontos que serão levados pela entidade à Conferência Nacional de Educação.

Sol, calor e muito debate no Distrito Federal, no sábado, 17. O movimento estudantil ocupou o auditório 2 Candangos, na Faculdade de Educação da UnB, e discutiu a Reforma Universitária da UNE e o que deverá ser apresentado na Conferência Nacional de Educação (CONAE) em 2010.
Uma instituição democrática? Gratuita? De qualidade? Qual a universidade nós queremos construir? Essas questões permearam o posicionamento dos estudantes durante o debate, que contou ainda com a presença de Gustavo Balduino, secretário executivo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES) e Paulo Henrique Rodrigues dos Santos, coordenador geral da Federação dos Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (FASUBRA).
“Vocês têm um grande poder político perante o Ministério da Educação”, admitiu Gustavo Balduino, secretário executivo da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), ao comentar que o debate e a mobilização terão espaço na CONAE 2010. “A reforma universitária é necessária, pois nosso modelo está atrasado. Ela tem que estar alinhada com o projeto de desenvolvimento do país”, concluiu Balduino, mencionando ainda que a sociedade deve brigar pela autonomia das Instituições de Ensino Superior. Para a Fasubra, é preciso ir além. “Só existe autonomia com democracia”, pontuou o coordenador geral, Paulo Henrique Rodrigues dos Santos.
O vice-presidente da UNE, Tiago Ventura, também representante da entidade na comissão nacional da organização do CONAE 2010, já antecipa a pauta do evento: “entraremos na conferência apontando que houve avanços, mas que ainda não é a educação que queremos”, disse. Além da necessidade de avançar na construção da universidade, os debatedores da mesa concordaram que precisaremos lutar pela ampliação do setor público e pela melhoria da qualidade do ensino privado.
Para a UNE, os brasileiros precisam de uma universidade mais justa, que contemple todos os estudantes, que inclua todas as raças, credos e opções sexuais. Que dê oportunidade ao índio, ao negro, aos menos favorecidos. A reforma universitária que a entidade apresentou e está tramitando na Câmara dos Deputados propõe muitos avanços nesse sentido.

Acesse a cartilha da reforma universitária:

http://www.une.org.br/home3/movimento_estudantil/movimento_estudantil_2008/img/cartilha_reforma_universit_ria_reduzida_pdf.pdf

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